Por: Larry Redon
Há muito se fala nas oportunidades que os artistas
brasileiros vêm perdendo para oportunistas que chegam à televisão sem nem sequer
ter passado por um curso de teatro ou até mesmo sem ter o seu Registro de
Capacitação Profissional (DRT), expedido pelo Sindicato dos Artistas, por isso,
a participação de Ivete Sangalo em Gabriela, adaptação da obra de Jorge Amado,
não poderia deixar de ser polêmica.
As exigências dos atores com relação aos oportunistas são
justas, mas será que podemos chamar alguém que tem um compromisso com a arte de
oportunista? Certamente que não. Ivete tem uma trajetória de respeito à arte a
qual se dedica e sua escalação para Gabriela é uma oportunidade para
repensarmos o que é ser oportunista.
Creio que as participações especiais são válidas, até mesmo
para atrair os telespectadores, que
sentem curiosidade de ver seus ídolos em cena, mas não devem passar de
participações, pois muitos profissionais se sentem prejudicados e com razão,
por ter se dedicado às Artes e serem substituídos por pessoas desqualificadas.
Entretanto, o barulho que foi feito com a participação de
Ivete é exagerada, pois os artistas deveriam buscar respostas do Sindicato dos
Artistas para saber o porquê de tantas pessoas desqualificadas aparecerem na
televisão, se o próprio sindicato prega um rigor no fornecimento do Registro
Profissional.
Resta-nos agora esperar pela atuação de Ivete Sangalo em
Gabriela e torcer que até ela tirar o seu Registro Profissional, suas
participações sejam apenas especiais na teledramaturgia e que os Artistas
brasileiros busquem respostas e lutem para que pessoas mais qualificadas possam
brilhar na TV e esta resposta quem deve dar é o Órgão de Classe.
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