quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Só sei que sinto!


Autor: Larry Redon


Não sei, só sei que é dor
E sei que sangra
E sangra tanto, tanto
Que paralisa o coração

Não sei, só sei que vem
E sei que é sem hora
E sei que me apavora
Que faz tremer o coração

Não sei, só sei que grita
E que me  perturba
E que me agita
Que faz ferir o coração

Não sei, só sei que cala
E que invade a alma
E que me atira a vala
Que sufoca o coração

Não sei, só sei que sinto
E  que sou labirinto
E que me perco sem razão
Neste minguado coração

Imagens: Divulgação Web.


Desata-me!


Autor: Larry Redon


E este peito sangrando
E esta dor que não passa
E este nó na garganta
E esta vida ingrata

E estes olhos encharcados
E esta tortura na alma
E estes sonhos perdidos
E esta agonia nos lábios

E este silêncio impreciso
E este olhar desenganado
E esta pele tão pálida
E estes dias nublados

E esta chuva insensível
E este vento danado
E esta desesperança
E este fim anunciado

E esta alma vazia
E este céu contemplado
E este anjo sem asas
E esta eterna ironia

E este eterno silêncio
E este silêncio eterno
E este desejo do eterno
E este desejo do inferno




 Imagens: Divulgação Web.

Oração do Professor


 
Autor: Larry Redon


Salve todo o Universo! Salve o conhecimento que nele há
Que eu compreenda que meu conhecimento já não me pertence
Pois sou apenas uma leve poeira levando aquilo que me fora dado
Por forças que embora eu conheça, já finjo não conhecer
Pois não possuo mais o direito das certezas

Salve todo o Universo! Salve o conhecimento que nele há
Que eu aceite estar ao lado dos leigos e descrentes
Sem atingi-los com minha vaidade que já não me cabe mais
Pois as incertezas devoram-me e eu me entrego sem reservas
Pois sou folha de muitas letras, mas sou também folha apagada

Salve todo o Universo! Salve o conhecimento que nele há
Que o meu silêncio seja sempre oportuno, nunca constrangedor
Que a força que habita em mim, exija-me estar à frente das lutas
Que minhas batalhas bradem em muitos corações
E que estes corações sintam o meu pulsando no mesmo ritmo

Salve todo o Universo! Salve o conhecimento que nele há
Que eu nunca negue as carícias de minhas mãos
Pois se ela é afeto, também é coragem, é história, é arte
E são destas fusões que emergem o saber do Homem
E se como Homem sou fraco, previsível e arbitrário
Creio que sou fé e é a fé nos Homens, que me aproxima de Deus
E me faz entender-me como poeira, poeira neste solitário Universo


 Imagens: Divulgação Web.



Nem sempre é fácil!


Autor: Larry Redon
 
Nem sempre é fácil
Ser sempre partida
Partir de si sem despedidas
Querer abraçar-se e não poder

Nem sempre é fácil
Olhar nos próprios olhos
Sufocar o velho grito
Que insiste em explodir

Nem sempre é fácil
Afastar-se dos velhos amigos
Entregar-se ao que é infinito
Apagar a luz que há em si

Nem sempre é fácil
Esconder-se sem magoar
Procurar palavras para explicar
O que não tem explicação

Nem sempre é fácil
Buscar não ser notado
Andar em finos fios
Equilibrando-se para não cair

Nem sempre, nem sempre
É fácil rejeitar o ar
Pois o ar que vive a faltar
Já não é vida para mim



Imagem: Divulgação Web.






terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Já Não Me Pertence!



Autor: Larry Redon



Já não me pertence a alma
Já não me pertence a calma
Se tudo está deserto
Se deserto tudo está

Já não me pertence a vida
Já não me pertence a morte
Se tudo está decidido
Se decidido tudo está

Já não me pertence o sonho
Já não me pertence a decisão
Se tudo está concluído
Se concluído tudo está

Já não mais existe você
Já não mais existimos nós
Se tudo está finalizado
Se finalizado tudo está


Imagem: Divulgação Web.










domingo, 27 de janeiro de 2013

Um Leve Olhar!



Autor: Larry Redon

Um leve ar, um leve beijo
Um olhar carente
Um puro desejo....

Um leve afogo
Um doce beijo
Um doce olhar
Um doce segredo

Um coração sincero
Uma longa espera
Uma vontade de viver
Uma vontade de amar
Uma sede de primavera

Um leve toque
Uma calma respiração
Um pulsar conhecido
Uma deliciosa convicção

Um cessar da espera
Um sabor de primavera
Um amor com cheiro de flor
Um amor, um doce amor

Um leve ar, um leve beijo
Uma doce aparição
Um fruto do meu desejo



Imagem: Divulgação Web.

Santa Maria




Autor: Larry Redon

É tudo lágrima, cinza e pó
É tudo fome, de um dia melhor
É cheiro forte de despedida
É assustar-se com a fuga da vida

É tudo sangue em forma de cinzas
É tudo lágrima coberta por ruínas
É tudo pó dançando entre cortinas
É a vida fugindo sem fé e destino

São tantos corpos jogados ao chão
Sem ar, sem forças, sem agitação
Enquanto cinzas brotam do chão
Tapando olhos de pura compaixão

Vai manhosa, uivando com o vento
Esta vida tão insana e inconseqüente
Se isolando no porão do esquecimento
Esperando os desígnios do tempo....


Imagem: Divulgação Web.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Quando o coração ainda batia!



Autor: Larry Redon

Quando o coração ainda batia
Quando ainda precisava de alegria
Para movimentar a roda das paixões

Quando os meus dias eram de espera
Quando partiram as flores da primavera
Para os campos longe do meu coração

Quando ainda menino era por dentro
Quando vibrava por dentro o tormento
Que fazia sangrar o meu coração

Quando o tempo era de chuva
Via tua imagem bela e confusa
Acompanhar-me em minha solidão

E hoje que o coração já não pulsa
Vivo a colecionar flores murchas
Que em longínquos campos busquei

Imagens: Divulgação Web.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Meu Pedacinho de Chão

Autor: Larry Redon


Meu pedacinho de chão
Meu mundo de ilusão
Coroado de estrelas
E luar

Meu pedacinho de chão
Meu luar de ilusão
Coroado de amor
E luar

Meu pedacinho de vida
Numa estrada perdida
Rompendo o céu do Sertão

Meu pedacinho de amor
Onde o sonho e a dor
Faz borbulha em meu coração

Meu mundo de quimeras
Banhado de vida, de sonho
E de amor

Meu mundo de esperança
Regado de sonhos, ilusão
E amor

Meu teto é descoberto
Para ter estrelas bem perto
Do meu coração

Meu coração de criança
É a eterna lembrança
De um luar de ilusão

Meu pedacinho de chão
Meu luar
Meu sertão
Meu mundo de quimera
Me espera, me espera, me espera
Que hoje eu quero sonhar!
Imagem: Divulgação web.

sábado, 19 de janeiro de 2013

O Céu Não Pôde Esperar: Walmor Chagas!

Por: Larry Redon


O Teatro hoje fechou suas portas para curtir o luto de um filho que partiu! Partiu porque já não podia mais ficar, porque seu corpo já não suportava o peso das lembranças de seu talento, agora escrito para sempre nas Artes, mas marcado também numa vida, cujos longos anos, ensinaram-lhe que a partida se faz necessária, quando a alma já não pertence mais a um mundo tão estranho aos anos dourados de uma vida dedicada a  bordar o tempo com o talento.
Contrariando as previsões de uma cigana, que o avisara de que teria uma vida breve (não chegaria aos trinta e cinco anos), Walmor Chagas chegou aos 82 anos, surpreendido por ter chegado a tanto, numa época em que os nossos idosos não são respeitados, parecia em suas entrevistas que se isolou para se proteger, proteger de um povo que não se curva à velhice e de um teatro que foi se perdendo, ceifando atores e bons textos.
Isolado em seu sítio, poucas vezes o ator aparecia na cidade e relutava contra alguns convites, não só porque a idade não permitia, mas também, porque não queria mais trabalhar só por dinheiro, como dizia ele, ao afirmar que trabalhou durante muito tempo na TV por dinheiro e que a TV brasileira, diferentemente  de outras TVs do mundo, fracassou, pois vendeu ao público a ideia de uma vida banal, que se perde na ilusão de que se precisa ingerir conteúdos fúteis para continuar numa vida, cuja realidade lhe fora roubada.
Apesar de fazer  TV e se culpar por isso, Walmor Chagas garantiu ao público momentos inesquecíveis, sempre com sua voz potente, com personagens bem alinhados que revelava uma elegância, que segundo colegas, não pertencia apenas a suas personagens, mas a ele próprio.
Partiu, mas partiu deixando  como marca, o exemplo de amor e dedicação ao Teatro brasileiro, que considerava como o mais importante veículo de atuação para os  atores, que foi se perdendo, vitimado pela Ditadura Militar, mas que precisava ser reconhecido como uma ferramenta de reconstrução social.
Assim foi Walmor Chagas, homem digno, que respeitou seu ofício e assim deveria ser todos os homens de Teatro! Parte Walmor e fica a certeza de que poucos seguirão o seu exemplo, mas os que seguirem, talvez chegue a ser um grande homem de teatro como fora ele!





Imagens: Reprodução Web.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Salve, Jorge! Salve, Glória Perez!


Por: Larry Redon

Dizer aqui que a novela Salve Jorge não tem a audiência esperada pela Rede Globo em São Paulo é redundância, entretanto, dizer que não é sucesso é algo que precisa de uma compreensão mais profunda sobre o que é chamado de sucesso nos dias atuais.
Geralmente, por causa desta incompreensão, muitas pessoas competentes têm sido sacrificadas para atender a um público que acredita que fazer sucesso é atender a toda uma clientela que há muito perdeu o seu senso crítico.
A obra de Glória Perez talvez não seja aquilo que se chama de sucesso, que é entendido hoje como grande número de televisores ligados e de pessoas berrando pelas ruas e correndo desesperadas para assistir cenas inúteis que não alteram em nada suas vidas, só as faz permanecerem num mundo, cuja vida só pode ser vista de uma única maneira.
A trama de Glória é ousada tal como é a própria autora, que mergulha num universo de criminalidade para mostrar ao público aquilo que vem acontecendo não apenas no Brasil, mas no mundo e que necessita de uma solução urgente, pois é imperdoável, deixar tantas pessoas serem vítimas de tráfico humano, neste século, que muitos se orgulham de lutar pela diversidade, pelo respeito mútuo entre seres, pela integração definitiva da mulher em nossa sociedade e que estranhamente desconhecem e preferem ficar alheios a tamanha agressividade contra homens, mulheres e crianças.
Diante desta situação, a autora poderia simplesmente mudar a rota de sua novela! Seria muito fácil, criar novos vilões, excluir o núcleo turco, reduzi o elenco, mas se não o faz, talvez seja porque o grande prêmio da autora não esteja numa audiência cuja a qualidade vem se perdendo cada dia, mas na transformação que esta obra pode causar na vida de pessoas que sofrem como sua “Morena”.
A autora é uma das poucas que traz em suas produções discussões relevantes sobre os problemas de nossa sociedade e sua luta já nos trouxe grandes benefícios em outras novelas, portanto, ela sabe da importância do seu trabalho e sabe também que está atendendo a um grande desejo de uma parcela do público que acusa a Rede Globo de omissão diante de alguns assuntos, por isso, é momento de aplaudir esta grande mulher, que tem usado o horário nobre da Globo para discutir temas que raramente é visto de forma reflexiva na tela da Televisão Brasileira.
Convém aqui lembrar que em outros estados, a novela tem sido bem recebida e que talvez aqui em São Paulo, ela não alcance o “sucesso” como outras produções globais, mas cabe aqui reafirmar que a autora merece os nossos parabéns, não apenas pela temática polêmica, mas por resgatar alguns artistas que raramente aparecem em outras novelas, por não pertencerem às chamadas “panelinhas” dos produtores, portanto: Salve, Jorge! Salve, Glória Perez!

Imagens: Divulgação Web.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Rede Record esqueceu a teledramaturgia!


Por: Larry Redon
Infelizmente a empolgação em torno da teledramaturgia da Record esfriou. A emissora que se dizia capaz de brigar com a Rede Globo pelo primeiro lugar de audiência, parece que perdeu o rumo.
Apesar de possuir grandes profissionais no setor de dramaturgia, o canal peca por não fazer uma grade consistente que auxilie na evolução de suas novelas. Há uma grande lacuna na programação, que deveria ser preenchida por programas variados com artistas nacionais, já que conseguiu tirar pessoas competentes da Globo.
Nos últimos meses a emissora vem perdendo audiência em suas novelas e muitos são os fatores que contribuíram para isso. Dentre eles podemos citar o fato da Record ter deixado de exibir suas novelas aos sábados e a repetição de atores em suas tramas —  erro da Globo, que não deveria ser seguido.
Recentemente a emissora cancelou a novela "Vivendo o Amor", que deveria entrar no horário das 19h, para gravar "Rebeldes".  Ora, a emissora tem espaço para exibir as duas produções, afinal o horário das 18h, hoje ocupado pelos "Mutantes", que tem uma audiência razoável, deve ser substituída por uma novela atual, ou a emissora pretende pôr outra reprise no ar?
Está na hora da emissora pensar em fazer novelas mais curtas, com no máximo 140 capítulos, pois ninguém agüenta mais assistir longos capítulos sem nenhuma novidade. Os autores não sabem mais o que colocar para esticar os capítulos, que já estão cansativas e isso reflete na audiência.
Acorda Record! Vamos aproveitar os talentos que foram contratados! Autores e atores precisam trabalhar e a emissora precisa crescer! Então, vamos investir de verdade na teledramaturgia!

Imagens: Divulgação Web.

Silvio Santos: É do vovô que eles gostam mais!


Por: Larry Redon
Que os nossos domingos já viraram um tédio todo mundo já sabe, mas o que não sabem é que tem uma garotada ligada no SBT para assistir o vovô Silvio Santos aos domingos. Em meio a uma série de tolices que se tornou a televisão brasileira, pelo menos ao lado do SS eles sabem o que vão encontrar, qual é o cardápio do domingo.
Silvio nos faz dar risada todos finais de semana, tentando conquistar suas colegas de trabalho, num auditório repleto de mulheres de todas as idades, todas para ver de perto o homem do baú.
Enquanto as outras emissoras tentam mudar, mas sempre com pautas desinteressantes, o SBT aposta no maior apresentador do Brasil, na sua figura carismática que até hoje encanta diversas gerações. Por diversas vezes o mestre ultrapassou seu pupilo Gugu na Record, mostrando sabiamente como se faz televisão.
A melhor parte do programa é o Jogo dos Pontinhos, onde o apresentador se solta mais e se divide entre suas duas paixões: Helen Ganzolli e Lívia Andrade. Em alguns momentos o apresentador, sabiamente, chegou a deixá-las  constrangidas, para deleite do público!
E não são apenas as duas que ficam constrangidas, pois ele não poupou nem sua filha Patrícia, que ficou envergonhada na sua primeira apresentação, mas já se soltou, entrando no clima do jogo dos pontinhos.
Não poderia  deixar de citar a presença do Carlinhos Aguiar, com o seu bordão, "meu povo e minha pova", mas sempre representando o povão e contrastando com o "refinamento" de outros. Além dele, aparece a Lígia representando a moça comportada e o Cabrito Teves sempre dando o toque de humor. O fato é que o quadro agradou e hoje não dá mais para ir pra cama sem eles.
Com  Sílvio Santos, aprendemos que o tempo não enfraquece os verdadeiros artistas e que quanto mais o tempo passa, mas ele vai cativando as novas gerações! É impossível pensar no SBT sem este homem que faz parte da história da televisão brasileira e que entrou em nossas casas durante décadas e nos fez feliz mesmo que por alguns instantes.
Aqui fica registrado o nosso aplauso a este homem que sempre com alegria invadiu as nossas vidas e nos fez chorar também com as tragédias que abalou sua família, mas que já passaram e hoje nós só podemos reverenciá-lo por todo o talento dedicado a todos brasileiros.
A alegria da sua plateia totalmente feminina é uma prova de que o "Sissi", como diz a Lívia Andrade continua  agradando suas colegas de trabalho e quem sabe um dia ele abra o seu auditório para o público masculino participar mesmo que seja por um dia! Eu serei o primeiro e você?.

Imagens: Divulgação Web.

Ronnie Von e José Armando Vannucci, dupla elegância nas noites da TV Gazeta!


Por: Larry Redon
As noites de quarta-feira têm um brilho especial na tela da TV Gazeta, com Ronnie Von e José Armando Vannucci. Juntos, eles conseguem trazer o telespectador para dentro do programa e fala das celebridades com muito respeito, diferentemente de outros programas que falam sobre os artistas.
Aliás, tudo é feito no “Todo Seu” com muito cuidado e é magnífico saber que a emissora conseguiu juntar dois caracteres que primam pela elegância e pela audiência qualitativa.
Não conseguimos ouvir nenhum tom ácido na voz de Vannucci, nenhum olhar de desprezo, quando este faz referência aos artistas, mostrando que um crítico de TV não precisa ser desagradável ao criticar, afinal uma das funções do crítico é analisar e discutir de forma coerente para que o telespectador possa refletir sobre suas escolhas diante da televisão, levando-o a decidir por uma programação mais qualificada.
Alguém conseguiria imaginar alguma dessas figuras que faz críticas deselegantes ao lado do Ronnie? Claro que não! E ele jamais terá estas figuras ao seu lado, pois elegância atrai elegância.
Muitos dos que se dizem críticos de tevê costumam escolher emissoras e ídolos do Brasil para persegui-los! E o pior é que eles acreditam que estão fazendo críticas especializadas, mesmo não conhecendo a história da televisão brasileira. Tudo é feito pela fama! Assim como os artistas eles buscam fama, mesmo que isso destrua seu prestígio!
Ronnie e Vannucci são exemplos de que a televisão brasileira pode sobreviver sem baixarias e que o povo, embora muitos propaguem o contrário, aprecia programas e gente de qualidade.
Quanta gente boa tem passado por este programa! Quantos cenários! Quantas idéias saudáveis! Quanta esperança que as outras emissoras reflitam sobre o sucesso deste programa, que veio porque toda a equipe compartilha do mesmo sentimento de mudança da televisão brasileira, que anda capengando.
E pensar que as emissoras contratam “profissionais” para criar programas, que muitas vezes não funcionam, justamente porque não possui a emoção do “Todo Seu”.
Televisão  é emoção pura e Ronnie Von consegue isso sem muito esforço, pois todo ele é emoção e é esta emoção que nos faz ficar de Segunda a Quinta, ligados no seu programa e morrendo de saudades na Sexta. Aliás, uma Sexta que já devia ser de José Armando Vannucci, pois já está na hora da TV Gazeta pensar num programa para este grande crítico de TV.
Então ficamos assim: toda noite na Gazeta fiquemos apostos para ouvir um sincero Boaaaaaaaaaaaaa Noite, do nosso “Pequeno Príncipe” brasileiro!  

Imagens: Divulgação Web.

“A História de Ana Raio e Zé Trovão” Um Grande Sucesso da Dramaturgia Nacional!


Por: Larry Redon
A partir de hoje o SBT volta a exibir um grande sucesso da antiga TV Manchete, com a missão de resgatar a audiência que obteve com a reprise de “Pantanal”. E não é à toa que a emissora escolheu esta obra da Manchete, pois ela conseguiu ficar em segundo lugar na década de 90, com 16 pontos no IBOPE em São Paulo e 23 pontos no Rio de Janeiro.
Com a volta desta telenovela teremos o prazer de matar a saudade de grandes artistas que não estão mais entre nós e outros que não tiveram mais oportunidades na TV, como a grande atriz Tamara Taxman, fazendo a inesquecível Dolores Estrada.
Na época, a trama tinha a missão de desvendar para o público, o Brasil que eles não conheciam e a idéia deu certo, pois o público pode se deliciar com belas paisagens, que complementavam o grande texto de Marcos Caruso e Rita Buzzar.
Na verdade, esta novela representou um momento áureo da TV da família Bloch, que depois da Rede Globo, era a única que acreditava na teledramaturgia nacional e fazia produtos de qualidade e foi assim até seu último suspiro.
Esta talvez seja a chance de termos grandes artistas que foram esquecidos de volta a tela da TV e talvez um começo para um segundo horário de novelas na grade do SBT, que vem perdendo a audiência dia-a-dia com programas desinteressantes.
A reprise de “Ana Raio” é mais que um momento de deleite, é um momento de resgate da dramaturgia nacional e da Rede Manchete de Televisão, que teve grande importância para o cenário da teledramaturgia deste país.
Além desta grande obra, esperemos que o SBT reprise outros sucessos como “Kananga do Japão”, “Florada na Serra”, “Helena”, “Carmem”, “Corpo Santo”, “Rede de Intrigas”, “Guerra Sem Fim”, e tantos outros sucessos da saudosa Rede Manchete.
Portanto, nesta segunda, depois de “Passione”, vamos aplaudir juntos e matar a saudade de grandes talentos da teledramaturgia nacional no SBT.

Imagens: Divulgação Web.

Elaine Cristina Brilhou em Vende-se um Véu de Noiva!


Por: Larry Redon
 
Elaine Cristina é uma dessas atrizes que, estranhamente, demoram para aparecer na TV, mas quando aparecem dão um "show" de interpretação. Graças à reprise de Pantanal, a atriz pôde voltar à teledramaturgia na obra de Iris Abravanel, vivendo a maquiavélica Eunice Baronese, que nos proporcionou grandes momentos de prazer com sua maravilhosa interpretação.
Elaine, ao longo de sua carreira, já nos emocionou com grandes personagens e já passou por quase todas as emissoras que produzem telenovelas. Na Globo, dentre outros papéis, teve grande destaque na primeira versão de Sinhá Moça, vivendo a sofrida Baronesa de Araruna. Na Band, viveu outra grande personagem da sua carreira na novela de Ivani Ribeiro, A Deusa Vencida. Na Manchete teve grande destaque na novela Kananga do Japão, que está nas prateleiras do SBT e que merecia certamente ser reprisada.
No SBT, a atriz também participou de outras produções como as novelas Antônio Alves Taxista, ao lado de Fábio Júnior e O Direito de Nascer, com Guilhermina Guinle.
Sabiamente, o SBT trouxe de volta este grande talento e deveria mantê-la na casa por mais tempo, pois atrizes como Elaine Cristina não podem aparecer apenas uma vez ou outra em telenovelas.
Apesar de ter tido grande destaque em "Vende-se Um Véu de Noiva", agora na reta final da novela, a personagem ganhou mais força e o público aplaudiu o desempenho de nossa grande atriz.
Embora a novela de Iris Abravanel tenha sofrido grandes injustiças, devemos lembrar que a novela tocou em temas fortes como AIDS e não fez deste assunto um conto de fadas, pois mostrou com seu texto sensato a vida e as consequências de dependentes químicos, através das personagens Filipe e Manuela.
Além de trazer a querida Elaine Cristina de volta, a obra de Iris Abravanel tem o mérito de abrir novamente a fábrica de dramaturgia do SBT, que espero que desta vez permaneça aberta, pois esta classe artística precisa de trabalho e o SBT não pode se condicionar a fazer reality shows.
Aliás, a emissora já entrou o ano fazendo besteira ao tirar do ar Vende-se um Véu de Noiva, antes da estreia de Uma Rosa Com Amor, pois a emissora terá que reconquistar estes telespecatadores que passarão para outras emissoras.
Apesar dos erros do SBT, devemos parabenizá-lo pelo regresso do talento de Elaine Cristina! E que sua presença seja constante na teledramaturgia brasileira!

Imagens: Divulgação Web.

Petrônio Gontijo: A Plenitude de Um Grande Ator!


Por: Larry Redon
 Em 1991, Petrônio Gontijo estreava ao lado de Patrícia Pilar na novela Salomé, fazendo um dos principais personagens da trama. Porém, apesar de seu grande talento, não conseguiu emplacar muitas novelas na Rede Globo, o que não foi algo negativo para ele, pois ao passar por outras emissoras, conseguiu interpretar grandes personagens.
Apesar do grande talento, Gontijo teve o azar ou sorte, de ser escalado para três fracassos da teledramaturgia em audiência – as novelas Salomé, Pátria Minha e Olho no Olho, mas o seu talento sobreviveu à maré de azar que rondava a emissora carioca na década de 90, e o ator logo foi convidado por outras emissoras para se integrar ao elenco de suas novelas.
Com passagens pela Rede Globo, SBT e Band, onde sempre teve grandes papéis, é na Rede Record que ele chega ao auge de sua interpretação, encarnando o conturbado dependente químico, Rude.
O grande texto de Lauro César Muniz e a Direção de Ignácio Coqueiro colaboram para que este ator seja cada vez mais pleno em sua carreira, apesar de mais uma vez, Petrônio Gontijo, estar numa novela com audiência oscilante.
Convém, entretanto, esclarecer que a oscilação na audiência de Poder Paralelo não advém dos profissionais envolvidos na obra, mas na teimosia da emissora em não respeitar a dramaturgia.
É lamentável que tantos profissionais envolvidos na dramaturgia da emissora, que lutam para que este espaço não seja fechado, não conte com o mesmo empenho da Rede Record, que desmerece o talento de tantos profissionais de televisão, ao mudar constantemente o horário da novela.
Além das mudanças no horário, a emissora deixou de exibir os capítulos da obra de Muniz aos sábados, fazendo o público migrar para outras emissoras, perdendo o interesse pela telenovela.
Apesar de Petrônio Gontijo estar vivendo momentos similares ao que viveu na década de 90, sabemos que o talento do ator sobreviverá como sobreviveu outrora. E que os seus colegas de trabalho sobrevivam também à  insensatez da emissora!  

Imagens: Divulgação Web.

Falta dramaturgia na Rede TV!


Por: Larry Redon
Vendo a reprise da novela “Ana Raio e Zé Trovão” pelo SBT, percebemos que a “Rede TV!” não conseguiu substituir a Rede Manchete à altura, pois deixou de exibir aquilo que a extinta emissora acreditava ser um trunfo para alavancar a audiência: as novelas.
A Rede Manchete, mesmo em seus últimos passos para falência, acreditou neste produto e conseguiu exibir excelentes obras que marcaram o imaginário popular com a qualidade de suas telenovelas.
Todos os telespectadores acreditavam que o ano de 2010 seria o momento em que a Rede TV! apostaria na dramaturgia, devido ao seu crescimento e a construção dos seus estúdios, mas a emissora não conseguiu sair do óbvio.
Os programas da emissora não empolgam o telespectador e embora a emissora possua grandes talentos, estes são mal aproveitados, deixando uma grade com a tendência para o popularesco.
A sensação que temos é que se ligarmos a emissora de manhã até  a noite, assistiremos ao mesmo programa, apenas mudam os apresentadores. É hora de a emissora definir qual o público que pretende atingir com sua programação.
O programa “Superpop”, que já trouxe entrevistas interessantes com grandes atrizes como Lady Francisco e Geórgia Gomide, e conta com o carisma de Luciana Gimenez, que queiramos ou não devemos admitir que evoluiu como apresentadora, ainda falta determinar qual público quer atingir, pois fica a impressão que atiram para todos os lados, contando com a sorte para agarrar a audiência.
A emissora ainda, sofre do mesmo mal que ataca Sílvio Santos, pois não espera o produto dar certo, acreditam que tudo acontece de uma hora para outra, tirando os produtos do ar antes mesmo deles conquistarem o público, como aconteceu com o seriado “Donas de Casas Desesperadas”. Ora, a Globo levou muito tempo até conquistar credibilidade junto aos telespectadores e o que fez com que ela se tornasse esta grande empresa foi justamente a teledramaturgia. Pensem nisso, pois queremos ver a Rede TV! crescer ainda mais! 

Imagens: Divulgação Web.