quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Tua Espera Vivo



 Autor: Larry Redon

 
A tua espera vivo
Vivo sem viver
Sem saber se teu sorriso
É mesmo para mim

E quando chegas de mansinho
Fingindo me dar carinho
Eu me sinto tão sozinho
Pois não sei se há verdade em você

Sei que tentas me seduzir
Apenas para se garantir
Se um dia faltar-lhe alguém

E se um dia alguém lhe faltar
Saiba que ao teu lado vou estar
Mesmo não havendo verdade em você

Imagem: Divulgação Web.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

OS DESAFIOS DA RÁDIO NA ESCOLA




Autor: Larry Redon

A Rádio na escola constitui uma ferramenta útil para professores e alunos dialogarem com o universo da comunicação, pois permite a ambos explorarem todas as formas que a palavra pode assumir em situações práticas de comunicação, além de fomentar discussões sobre o universo particular do educando ou de toda problemática social que o atinge direta ou indiretamente.
Porém, como a presença da rádio ainda é relativamente recente no universo escolar, muitos professores têm receio de assumirem responsabilidades diante desta “velha-nova” tecnologia  e criam barreiras que podem ser solucionadas com simples diálogos com os colegas de áreas diversas, pois a função do professor neste processo não é dominar as técnicas do radialismo (ele até pode!), mas o primordial é que junto aos seus alunos criem conteúdos significativos para serem explorados neste universo.
O Profissional de Educação atuará pedagogicamente junto aos alunos, direcionando-os, de forma que suas produções não visem apenas ao ato comunicativo sem pretensões educativas. O que isso significa? Significa que a prática da rádio na escola deve considerar a “imaturidade  estética” dos alunos e até aceitá-la num primeiro momento, mas esta “imaturidade” deverá ser um fio que  será tecido para novas compreensões acerca da função social da comunicação na escola.
Neste processo de compreensão, cabe ao professor discutir na sala de aula a intencionalidade dos conteúdos criados pelos alunos, além de apresentar-lhes modelos de conteúdos que ao invés de deixá-los presos, possam fazê-los dialogar com a diversidade de gêneros, cujas funções sociais são diversas.
Diante deste cenário, o professor de Língua Portuguesa pode se tornar escritor num primeiro momento, permitindo que seus alunos trabalhem na revisão de seu texto, para depois, num segundo momento, transformá-los em escritores-criadores de suas próprias histórias. Dialogando com o professor de Artes, estas histórias poderão ganhar mais vida ao usarem objetos que poderão simbolizar fenômenos da natureza, sons do cotidiano. O professor de História poderá contribuir mostrando aos alunos o contexto, a problemática social, geradora de conflitos nas histórias criadas pelos alunos, dando-lhes a oportunidade reformular o texto, acrescentando expressões da época.
Sendo assim, podemos perceber que a implantação da rádio na escola é necessária para garantir uma aprendizagem mais “palatável” aos nossos alunos, entretanto, sabemos que tal implantação não será plena num primeiro momento, pois o grande entrava não é apenas o receio do profissional de educação em participar ou se permiti a aprender sobre este universo tecnológico, mas o cruel cenário educacional que transformou o professor em operários, em máquinas, servidoras de muitos senhores: Estados, Municípios e a seres descompromissados com a educação, que reduzem profissionais a manipuladores de papeis! Eis, alguns dos grandes entraves para que a rádio funcione de forma plena na escola!


 Imagem: Divulgação Web.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Que Faz Um Professor?




Autor: Larry Redon

O professor é um profissional que a sociedade não vê, pois ele está coberto por uma capa criada pelo imaginário popular e que muitos professores, ingenuamente, insiste em vesti-la. Esta capa que fora criada  para o professor vestir vem trazendo transtornos não só a ele, mas a toda sociedade que espera que o professor haja como um ente da família e não como alguém que está a serviço de uma transformação social que é negada aos seus alunos pelo governo e pela própria família. No exercício da cidadania, geradora de transformação social, é ingênuo reduzi o profissional da educação a gestos paternais, em detrimento de uma causa muito maior, que é formar cidadãos que haja com coerência dentro de uma sociedade tão cruel e que amarga pela falta de cidadãos saudáveis para encarar a vida e vivê-la plenamente, respeitando os espaços físicos e morais do outro.
Eximir-se do caráter paternal, não significa aqui que não deva haver uma relação fraterna entre professor e aluno, mas que antes disso, o caráter de formação e os princípios éticos devem ganhar um espaço tão significativo que o caráter fraternal possa ser visto como algo pertencente à formação e a ética,  nunca como uma raiz que brota todos estes princípios.
Viver o magistério aceitando vestir esta capa é enganar a princípio a família, é favorecer a prática perversa de exclusão social promovida pelos governantes  e acima de tudo é impedi que cresçamos como profissionais e que lutemos por uma política de valorização dos  profissionais da Educação, ou pelo menos àqueles que se sentem profissionais e que atuam para aliviar a miséria moral em que vivemos.
Justificando o título, “O que faz um professor?”, convém aqui dizer que o professor não é o profissional que vive escrevendo na lousa, que prepara aula e que passa horas acordado corrigindo as atividades dos seus alunos (ele também é isso!), mas um profissional que conhece a realidade dos seus alunos, conhece sua prática profissional  e que atua para garantir-lhes uma dignidade que muitas vezes nem o governo, nem a família e nem a sociedade pode fornecer-lhe. E por que faz isso o professor? Faz porque ama seus alunos mais que o governo, mais que a sociedade e em alguns casos, mais que a família, porque o amor nasce das relações que travamos com nossos alunos, mas o amor do professor é diferente, é um amor pautado na ética, no reconhecimento de que sua prática é necessária para transformar seu aluno e a ele mesmo.
O professor age para que seus alunos não sejam agredidos, torturados, muitas vezes dentro da própria casa.

Imagem: Divulgação Web.

O Sinal do Fim dos Tempos!



 Autor: Larry Redon

O mundo está em guerra! O amor se esfriou! Os filhos estão contra os pais e os pais contra os filhos! E isso representa o sinal do fim dos tempos! Não, isso é sinal de uma idiotice sem tamanho! O mundo sempre esteve em guerra e o amor sempre esteve frio, desde o início do mundo! Desde o início do mundo também, os pais sempre foram injustos com os filhos e os filhos, por conseguinte, sempre foram injustos com os pais, portanto estas relações fracassadas não podem ser consideradas como um alerta para o Apocalipse! 
Entretanto, sabemos que o fim está chegando, o sinal deste fim já começou a aparecer e ele pode ser entendido como a incapacidade dos seres humanos em viver estas relações e tentar consertá-las. Não importa se há guerra, o que importa, é que há gente disposta a interferir nela para buscar a paz! Não importa se o amor se esfriou, o que importa são seres humanos dispostos a aquecer os corações gelados! Não importa se pais e filhos estão lutando em campos opostos, o que importa é ter pessoas lutando para erguerem famílias e pais e filhos com disposição para abrir mão de suas certezas e imposições!
Portanto, todos estes sinais propagados foram gerados da incapacidade dos seres humanos em olharem para a história da humanidade, pois já vivemos períodos horrendos que transformaram o Apocalipse em festinha de debutante! O mundo está acabando, mas está acabando pela incapacidade dos seres humanos usarem seu intelecto para gerir a própria vida! A preguiça cerebral tomou conta da humanidade e com isso, seres ociosos minam suas vidas e as de outrem! Sua incompetência é justificada pela falta de tempo, um tempo que ela desperdiça criando coisas inúteis para cérebros inúteis, incapazes de questionarem o porquê de produzir tantas inutilidades para agradar alguém que não tem a percepção da própria vida e nunca saberá como agir com competência! Isto é o sinal do fim dos tempos! A incapacidade de gerir as relações para o bem da humanidade!

Imagem: Divulgação Web.

Sacanagem

Autor: Larry Redon



Bendito sejas tu
Que na sacanagem foste criado
Que na sacanagem é acalentado
E que sabe fazê-la como ninguém

Bendito sejas tu
Que tem a sacanagem como meta
Que vive sempre de pernas abertas
Esperando juros sobre juros

Bendito sejas tu
Que tem a sacanagem estampada
Que tem o rosto sempre rosado
E o joelho ferido por estar em oração

Bendito sejas tu
Por saber que nos ofende
Ao cobrar-nos dividendos
E viver levando sempre no *

Imagens: Divulgação Web.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Serpente no Cio


Autor:  Larry Redon

Arder-se em febre e não ter o teu corpo
Não ter o teu corpo para me acalmar
Não ter os teus beijos para me sufocar
Não ter tuas mãos para me enlouquecer

Arder-se! Arder-se em quentes desejos
Esperando tua brasa para  atiçar-me
Esperando tua língua para secar meu suor
Esperando teus dentes para morder-me inteiro

Arder-se! E está pronto para viver em loucura
Esnobando a ternura para explodir em desejo
Desejos cruéis! Ardentes e cruéis desejos
Desejos ardentes que me faz teu prisioneiro

Arder-se! Arder-se! Arder-se e nada mais
De olhos fechados, de peitos travados
Enlaçado nas curvas do teu corpo febril
Como uma louca serpente carente e no cio

Imagem: Divulgação Web.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Fome de Ti


Autor: Larry Redon


Por que me procuras agora?
Justo agora que apaguei o cigarro
Que já consumi a cachaça
Que apaguei teus vestígios em meu corpo

Por que me procuras agora?
Justo agora que rasguei minhas roupas
Que sufoquei meus soluços
Que apaguei o teu rosto

Por que me procuras agora?
Justo agora que não sei quem eu sou
Que não sei o que fui
Quem eu fui para você

Por que me procuras agora?
Justo agora que o dia raiou
Que o desejo em corpo serenou
Que não sinto mais fome de ti

Imagem: Divulgação Web.

Fonte Viva


Autor: Larry Redon

Da tua fonte desejo beber
Tua palavra que jorra, oh, Pai
Faz-me humilde e faz-me viver
No teu caminho de glória e de paz

Senhor dos Ares, da Terra e do Mar
Paz infinita no meu viver
Tua presença faz-me sentir
Quero andar junto a ti

Faz tua palavra tocar-me, Senhor
Faz-me ouvi-la e a entender
Mesmo que o mundo me queira tragar
Mostre-o que eu pertenço a ti

Da tua fonte desejo beber
Tuas promessas de vida e de amor
Faz-me mergulhar nas águas de paz
Faz-me sentir teu afeto, oh, Senhor

Vem trazer força ao meu coração
Faz-me resistir toda a tentação
Faz-me seguir os teus passos, oh, Pai
Vem, me ungi com tua graça, oh, Pai

Imagem: Divulgação Web.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Jesus em mim!


Autor: Larry Redon


Oh, Senhor, me curvarei aos teus pés
Mãos de linho quero ter ao te tocar
E o perfume que aos teus pés jogarei
São flores cultivadas para ti, Senhor!

A água preparada para ti, oh, Mestre!
Será água abençoada pelo o Pai
Foi nos campos junto às flores
Que tua voz ouvi,  por isso que estou aqui

Jesus em mim! Em minha maneira de viver!
Os meus lábios louvam a ti!
Os meus olhos querem te ver!
E o meu corpo espera ansioso por ti, Senhor!

Se esta força que comanda o meu viver
Reconhece toda minha gratidão
Nada mais eu temerei, tua voz escutarei
Pois eu sei que é meu Pai, meu verdadeiro amor! 

Iansã


Autor: Larry Redon


Ela está na lua cheia
Ela está em meu quintal
No terreiro de Tereza
Controlando o vendaval

Ela está junto aos moinhos
Junto à guerra pela paz
Ela chega de mansinho
E seduz o bom rapaz

Ela está nas virações
Que ao mar o vento traz
Ela está nos corações
Da menina e do rapaz

Iansã guerreira
Mãe do fogo, mãe do vento
Que controla as virações
Que derruba o firmamento

Iansã guerreira
Mãe da guerra, mãe da paz
É a força do Universo
Explodindo em vendavais

Mãe do vento
Mãe da guerra, mãe da paz
No terreiro de Tereza
É força e temporais

Imagem: Divulgação Web.

Ah, se eu pudesse!


 Autor: Larry Redon

Se eu pudesse te falar do meu amor
Contar-te os planos que eu fiz para nós
E desatar os nós do teu coração
Que alguém apertou antes de mim

Se eu pudesse te falar do meu amor
Contar-te os sonhos que imaginei
Fazer-te esquecer do velho amor
E revelar-te os beijos que não dei

Se eu pudesse te falar do meu amor
Trazer-te junto ao peito meu
E te dizer baixinho quem eu sou
Fazer-te acreditar que já sou teu

Se eu pudesse te falar do meu amor
Abraçar-te sem recusas ou rejeição
E cobrir-te de beijos minha flor
Acalmar as batidas do teu coração

Imagem: Divulgação Web.

A Morte Me Cairia Bem!

Autor: Larry Redon



E assim no fim dos meus dias
Vou tecendo minhas asas de seda
Vou deixando as jóias sobre a mesa
Vou cantando para levemente voar

E assim no fim dos meus dias
Vou apagando as imagens de amigos
Vou apagando meus passos na estrada
Vou lançando o olhar apenas para o céu

E assim no fim dos meus dias
Vou compondo canções de adeus
Vou elevando o pensamento a Deus
Vou estendendo  a mão para o fim

E assim no fim dos meus dias
Vou acabando com minhas certezas
Vou deixando as verdades sobre a mesa
Vou apagando os vestígios de mim

Imagens: Divulgação da Web.


Invisível

Autor: Larry Redon



Minha ambição no momento?
Anonimato!
Sim, senhores, anonimato!
Andar entre flores e não ser notado!

Como queria que pássaros visitassem-me!
Levaria água aos seus bicos!
Perfumaria com rosas os seus ninhos!
Tudo isso sem ser notado!

E sem ser notado também
Trepar-me-ia  na jabuticabeira
Atrás da sua doçura
Para tocar os lábios de alguém

E ao final do cansativo dia
Levaria as calçadas imundas
Toda minha sincera alegria
Para dividir com alguém!

Imagens: Divulgação Web.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vaidade

Autor: Larry Redon


Foi quando me observei de verdade
Foi quando aticei os olhos para mim
Foi quando tirei os anéis de esmeralda
E pude perceber um vazio em mim

Foi quando aproximei meu ouvido
Bem perto do meu coração
Foi quando segurei as palavras
Que feria alguém sem razão

Foi quando joguei roupas fora
Foi quando olhei para alguém
E percebi que era estranho
Viver para mostrar-me a alguém

Foi quando me dei conta dos atos
Foi quando me vi enlouquecer
Vítimas de minha própria vaidade
Que decidi  despir-me  para viver

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Envolva-me!



Autor: Larry Redon

Envolva-me em teu colo
Quando me for desespero
Quando sentires em meus olhos
As sombras dos meus pesadelos

Envolva-me em teu colo
Quando me faltar a doçura
Quando meus lábios cerrarem
E recusarem teus beijos

Envolva-me em teu colo
Quando minha mão endurecer
Quando meus olhos baixarem
E não quiserem mais te ver

Envolva-me em teu colo
Tente sarar minhas feridas
Mesmo que eu seja recusa
Ouça meu sopro de vida

Ouça meu sopro de vida
Ouça meu sopro de vida
Quando meus lábios cerrarem
E houver ausência de vida

Imagem: Divulgação Web.


Angústia



Autor: Larry Redon

Angústia é tudo o que sinto
Na amplidão do espelho
Estilhaço o meu coração
E nego-me a lucidez

Nele sou eterna espera
Sou também fragmentos
De um mundo estilhaçado
De um mundo só meu

Meu olho já não contempla
A face banhada em lágrimas
E minha imagem ao espelho
Há muito já está desgastada

São vendavais tão profundos
Que movem terra e mar
É vento que move o espelho
Chuva que me esconde de mim

Eu sei que este vento sou eu
Eu sei que balanço terra e mar
Eu sou que sou dono da angústia
E com ela sei que vou naufragar


Imagem: Margarethe Besing






Não Tem Mais Jeito


Autor: Larry Redon


Não tem mais jeito
Agora é definitivo
Não me segure mais
Vou para meu desatino

Acabou-se a resistência
Acabou-se a dúvida
Tudo está claro agora
Vou para meu desatino

Reze, apenas reze
Mas não me segure mais
Nem com pedidos
Nem com orações

Não balbucies preces
Não acendam velas
Não me banhe com rosas
Silencie, apenas silencie

Silencie o meu presente
Silencie o meu passado
Silencie o meu coração
Que já não bate por ti

...nem por mim!
...nem por mim!

Imagens: Divulgação Web.