domingo, 17 de agosto de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

Eu sou de sonho


Autor: Larry Redon

Eu sou de sonho, ainda sou menino
Que sem destino passeia por aí
E vai vivendo como passarinho 
Sem pouso certo e um amor para viver

Eu sou de sonho num mundo desencantado
E do meu lado só a poesia me acompanha
Mas se  acaso outro também a procura
Ela me deixa,  sai de mim, fico sem rumo

Eu sou de sonho, sou tão frágil, tão menino
Eu sou poesia, encoberta em papel de linho
Que se esconde dentro das gavetas velhas
E que opacas se transformam em outra cor

Eu sou de sonho não tente me amar
Se não estiver disposta viver de sonhar
Eu te aviso, só tão frágil como o linho
E me transformo nas recusas do olhar

Dionísio


Autor: Larry Redon

Agraciado pela leveza
Do vinho que me deste esta noite
Contemplo o teu corpo dionisíaco
Vejo marcas dos açoites

Em minha mente nada passa
Só a lembrança do teu corpo
E ríspido, longe da leveza do vinho
Cubro o meu membro de açoites

Vinho vermelho de sangue adocicado
Escorre pelo meu corpo marcado e nu
E morro, e gemo e deliro em açoites
Açoites, num delírio sem limites e fim

Agraciado pela leveza da bebida do deus
Que avoluma minha espada em delírios
Corto tuas imagens sagradas e puras
E levo o teu corpo e desejo comigo



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Eu, a lua e a rede



Autor: Larry Redon

Neste momento só vejo a  lua no céu
Nada mais me importa agora
Apenas eu, a lua e a rede que balança
Balança ao sabor do vento como poesia

E os versos vão caindo da lua no meu colo
E eu os junto lentamente ao meu coração
Invento formas diversas sobre o peito
Às vezes nasce um soneto, às vezes uma canção

Sinto a brisa levar os versos para longe
E depois juntá-los novamente ao meu peito
E se por um descuido meu, adormeço
Vem a ligeira lua soprar-me novos versos

E a brisa balança a rede soprando os versos
E eu como poeta vou agarrando-os no ar
Juntando-os lentamente pertinho do meu peito
Numa vontade danada de voltar a amar

Poesia Sagrada


Autor: Larry Redon

Experimente viver de poesia
Se nada na vida faz mais sentido
Busque entre livros empoeirados
O verdadeiro sentido da vida

Eu andei tantas vezes entre pó
Entre pó redescobri a palavra
Entre pó permaneci indeciso
Mas sempre buscando a palavra

A palavra que sobrevive no pó
Constrói pontes de liberdade
Entre pó me perdi tantas vezes
Entre pó me achei acordado

Experimente beber poesia entre pó
Misturada às lágrimas que caem
Entre pó derramei tantas lágrimas
Mas entre pó a poesia ficou sagrada

Arranhar teu corpo com os lábios



Autor: Larry Redon

Invadir os templos dos deuses em fúria
E explodir todo este meu desejo
Sem medo, sem tortura, sem culpa
Arranhando teu corpo com beijos

Ter você entre todas as imagens
Ser profano, devasso e cruel
Lambuzar-te de vinho sagrado
Possuir-te com depravação

Invadir e ser invadido com loucura
Sem temer os castigos que virão
É o que quero e desejo nesta hora
De volúpia, de gozo, de tentação

Invadir os templos dos deuses
Explodir-me em obscenidade 
É o que quero, o que desejo com fúria
Arranhar o teu corpo com meus lábios

Ai, minha senhora


Autor: Larry Redon

Ai, minha senhora
se pudesse acalmar os meus desejos agora
perderia toda a eternidade 
para viver entrelaçado a ti

Ai, minha senhora
apaga este fogo que sinto agora
enlace, se espalhe toda por cima de mim
assim, como uma seda sobre a tábua dura

Hoje estou como tábua, dura e desejosa
cubra, minha senhora, de delícias
de toques suaves e ternura
hoje estou como uma tábua dura

Ai, minha senhora, esta rigidez que sinto agora
é para o teu corpo amolecer
por isso, minha senhora, toma este corpo agora
cubra esta tábua dura de  pleno prazer



Soneto



Autor: Larry Redon

Eu só queria um soneto
destes que machucam a alma
para sentir se a dor que sinto
pode ser comparada a outra dor

Queria pisar na terra firmemente
mas o que resta é uma linha
que me tira o equilíbrio
que não me deixa ser quem sou

Só um soneto me aliviaria
aliviaria a ânsia que sinto
a ânsia por melodias
que me leve a qualquer caminho

Só um soneto apenas, um soneto
destes que fere, sangra, mancha
e nos faz morrer lentamente
por amor ou por coisas banais

domingo, 11 de maio de 2014

Gozar à Vida

GOZAR À VIDA
“PROIBIDO PARA MENORES”


AUTOR: LARRY REDON


     Eu sou um puto! Quem conhece minha história sabe que sou um puto, entretanto, no decorrer dos anos sobram-se lembranças e faltam amigos para compartilhar e reviver nossas histórias. Por isso, depravado leitor, que aqui neste momento julgo tão puto quanto eu, jorro sobre os teus olhos as delícias que minha vida de gozo me proporcionou e não te espantes se jorrar em ti, através de tuas fantasias, os resquícios de meu gozo e da minha depravação.
     A partir deste momento cabe a ti continuar ou parar, pois as próximas linhas deste livro podem levar-lhe a explodir e enfartar de desejos, de loucura, de orgasmo...
     Já que tomastes a decisão de continuar, devo começar minha história contando sobre minha infância, onde em  meio aos animais, percebi que eles eram livres para t****, sem se importar com qualquer um que atravessasse seu caminho e muitas vezes, devo confessar-lhes que fui animal e que t*** em lugares inimagináveis.
     Na aurora de minha vida, enquanto as crianças jogavam bola e brincavam de bonecas, preferia ficar livre pelos campos, não atrás das asas ligeiras das borboletas azuis, mas atrás  do cheiro do sexo, dos prazeres e da depravação. Era lá, que via os jumentos e as éguas se amarem livremente, mas não só as éguas e os jumentos, às vezes eram éguas e homens, homens e jumentos, que gemiam e gritavam fazendo meu corpo tremer de desejo e prazer.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Profano

Autor: Larry Redon


O meu corpo sagrado e profano
Arranhado de fúria e de dor
É você que me faz teu escravo
E eu me entrego sem pudor

O sentir e o pulsar destas veias
O zunir, o gosto deste paladar
Que me faz sentir macho selvagem
Com instintos tão duros demais

Rasgo roupas e rasgo almas
Toco a pele e a faço vibrar
Como fogo queimando a carne
Esta carne que vou devorar

Já perdi todos os meus pudores
Dentes à mostra a te devorar
Sou um lobo sedento de beijos
De carícias, de gozo e penar

domingo, 4 de maio de 2014

Fo*er

Autor: Larry Redon

É indecente a boca
É indecente o pênis
É indecente o corpo
É indecente Deus
Tudo depende do que se ver

É indecente a língua
É indecente a bunda
É indecente os olhos
É indecente os beijos
É indecente eu e você

Tudo depende do que se ver
Tudo depende do que quer ver
Tudo depende do olhar e do ver
Tudo, tudo depende, depende
Depende de eu estar unido a você

É indecente as línguas chupando-se
É indecente o dinheiro lavando-se
É indecente os corpos querendo-se
E o país preparado para nos fo*er

Fúria

Autor: Larry Redon

Meu corpo em fúria 
Jogado sobre o teu
Ao som do teu murmúrio
E os gemidos meus

Quero ter e me ter inteiro
Mas o que sobra de mim são pedaços
Pedaços que tento roubar de ti
Enquanto me atiro em teu corpo despedaçado

Quero toda tua profundidade 
Escavar, ir fundo, até encontrar
O que me faz ficar em pedaços
E querer em teu corpo me jogar

Jogo-me com fúria e truculência
Jogo ao prazer dos teus gemidos
Busco pedaços dos teus desejos
Sofro com o pedaço do corpo adormecido

Punhal



Autor: Larry Redon

O meu sexo tem os pudores de um anjo
Que traz no bolso os mandamentos sagrados
Regado a vinho e a gozo despudorados
Que alucina meu comportamento angelical

Trago o gozo sagrado dentro da alma
E em cada parte do meu corpo atiçado
Trago a fúria para jorrar sobre o teu sexo
Que me espera encoberto por rubro véu

Trago às taras sagradas de um anjo
Trago um punhal que cabe em tua mão
Trago um mundo cercado de delícias
Trago o gozo, o prazer e a perdição

E jorro sementes de pecados pelo ar
Jorro sementes de calor e sedução
E grito, sofro, me enterneço em teu corpo
Vendo meu punhal esmorecer em tua mão

Voraz


Autor: Larry Redon

Que me atire ao chão
Que faça estremecer minha carne
Que faça agitar o meu sexo
Que me faça gemer de prazer

Que me entregue à lenha
Que me atice o fogo
Que me faça arder em brasa
E me devore ao morder-me

Que se enrosque em meu corpo
Que me atraia como cobra
Com movimentos bruscos
Enfurecendo-me de dor e prazer

Que seja fogo e falta de ar
Lábios unidos a pronunciar
Palavras obscenas a sussurrar
E eu implorando para continuar


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terça-feira, 4 de março de 2014

Salve, oh, Rainha



Autor: Larry Redon

Salve, oh, Rainha querida
Que do teu trono olha por nós
Mãe poderosa que junto ao teu filho
Encaminha nossas preces aos céus

Salve, oh, Rainha Bendita
De leves gestos de adoração
Salve teu manto e o teu filho
Salve as preces desta nação

Salve, oh, majestosa Rainha
Mãe eleita do grande Redentor
Salve teus olhos que cuidam
De teus filhos que na terra estão

Salve, Senhora das chagas e das dores
Senhora tão terna, protetora e fiel
Salve, oh, Rainha adorada

Mãe, generosa de um povo infiel 
Vento no Capinzal

Autor: Larry Redon

Gemidos trazidos pelo vento
No meio do capinzal
Gemidos que dançam no ar
Sob nuvens pesadas de chuva

Uiva-se o vento sobre as tragédias
Uiva-se o vento na guerra e na paz
Uiva-se cortando caminhos e destinos
Uiva-se tirando o sossego e a paz

Gemidos do vento são indícios de sangue
Gemidos do vento são torturas de amor
Uiva-se nas correntezas dos rios
Uiva-se sombrio sobre os capinzais

Gemidos que trago em minha memória
Gemidos das guerras passadas e sofridas
Uiva-se sobre as feridas abertas de agora

Uiva-se sobre um passado, pesado de outrora
A Morte

Autor: Larry Redon

Barulho no telhado é sinal de vento
Ou sinal de morte
Barulho no telhado é sinal de chuva
Ou sinal de morte

A morte não escolhe quem quer abraçar
Ela vem no vento cortando a braveza do mar
Ela vem na chuva vencendo todo o temporal
E se apodera do homem bom ou do mau

Barulho no telhado é sinal de tempestade
Ou de morte
É a trovoada que corta o tempo e o ar
Desastrosa, rancorosa, toma o corpo e esfria

Silêncio no telhado é sinal de brisa
Ou de morte
É uma assoviar que traz dor e penar
É a morte no telhado a assoviar e zombar


Estou Nu

Autor: Larry Redon

Tirei o meu roupão e fiquei nu
Nu de esperanças e com a rosa na mão
E esta espera me fez arrepiar de frio
E o meu sexo vazio gritando por ti

Rosa na mão tocando o meu sexo
E um coração jogado entre os lençóis
E minha pele latejando de desejos
E a rosa tocando esta pele orvalhada

As minhas coxas apertam os lençóis
Meus lábios gemem, implora por nós
E sobre o corpo só tenho esta rosa
Que toca minhas partes e causa arrepios

Estou nu gemendo de dor e de frio
Buscando um corpo para preencher o vazio
A minha pele queima, arde sobre os lençóis
A rosa toca o meu corpo e me dá sede de nós
Sim, eu esperei

Autor: Larry Redon

Sim, eu ambicionei e esperei
Todas as formas de amor
Abri a mala, desfiz as roupas
E me aprontei e esperei na sala

Sim, eu debrucei sob o luar
Fantasiei os nossos encontros
E chorei na dura espera
Na companhia da taça sem vinho

Sim, me arrependi, mas era tarde
Tarde demais para seguir outro rumo
E fiquei junto à taça a murmurar
Frases sem nexos e vazias ao luar

Sim, eu quis gritar, mas era tarde
Todos dormiam e a etiqueta falou mais alto
Falou mais alto que minha solitária dor

E eu terminei só,  banhado de lágrimas e luar 
Anoitecer

Autor: Larry Redon

Eu pensei em você esta noite
E refiz meus poemas de amor
Visitei os teus olhos novamente
E pensei: tudo mudou!

Nesta noite refiz os caminhos
Que passamos com juras de amor
E varri todo aquele teu sorriso
E pensei: Não pertence a mim!

Nesta noite arranquei das paredes
Tua pintura, teus traços e olhar
E abri o baú do esquecimento
E pensei: Não a verei jamais!

Nesta noite tirei os nossos lençóis
E refiz nosso ninho de amor e paixão
E tirei o teu corpo dali, sofri, gritei

E pensei: em meu ninho só a solidão! 

A Luz do Sol

Autor: Larry Redon

Recebo esta luz do sol
Como forma de oração
Que o universo me encontre em paz
Como um barquinho que desliza ao mar

Que esta luz que sai do meu olhar
Empurre o barco na tua direção
E que os ventos soprem como rimas
O poema, o meu amor e a minha adoração

É tanta luz neste meu caminho de amor
São tantos beijos que não cansei de dar
É um navegar constante de carinho
É a brisa, é o amor, é a luz do sol e o olhar

É tanta festa e alegria neste meu chegar
São tantos os rostos navegando ao mar
É luz do sol, é paixão, é vontade de amar

É meu barco deslizando, suavemente ao mar

Caminhos

Autor: Larry Redon

Você que cruza o meu caminho
Que me olha com excitação
E depois foge dos meus carinhos
Do toque do olhar e das mãos

Você que vive sempre a espreita
Seguindo-me em todas as direções
Revele-me quais são teus desejos
Demonstre-me as tais intenções

Você que vive a me surpreender
Com frases que me levam ao céu
E foges e volta sorrindo para mim
Com indecência no olhar e nas mãos

Você que persegue o meu corpo indeciso
Que juras fazer-me sentir o prazer
E corres quando estou a explodir
De desejo, de gozo, diz-me o porquê




Violão

Autor: Larry Redon

O violão é sagrado
Mais que a mão que o dedilha
Mais sagrado ainda é o amor
Coração, é o amor, é o amor

Sagrado e intocável é o amor
Sagrado o seu ritmo e seu tom
A flor que o acompanha é também
Sagrada como o amor é  a flor, a flor

Este violão que me acompanha
De sagrado tem me deixado tão só
E esta flor que vive em meu pensamento
É sagrada e tem me deixado tão só

Tão só em momentos sagrados
Momentos de som e poesias sem rimas
Poesias sagradas, intocáveis e sozinhas
Tão frias, sem tom, tristonhas e vazias


Passe

Autor: Larry Redon

É passe sim
É uma luz brotando em  mim
Com olhos de mar
É ternura sem fim

É passe sim
Uma oração aos céus
Uma luz cortando o ar
É mar, é céu e mar

É passe sim
Iluminando meu olhar
É o desejo de ficar
Num universo de paz

É passe sim
Toda glória que há em mim
É a mesma glória em ti
É ar e céu, é céu e mar

É o desejo de ficar
Ficar e não partir
Ficar para existir
E viver no amor

É passe sim
É uma paz jorrando em mim
É passe sim
É ternura sem ter fim

Céu e Terra, Terra e Mar
É o desejo de esperar
Com calma e esplendor
É desejo de amor

É passe, é passe sim, toda paz que há em mim...



sábado, 25 de janeiro de 2014

Gozar à Vida


Uma história de amor, desejos, desilusões e culpas pronta para explodir sob teus olhos e teu sexo! Porque para viver, é preciso saber Gozar à Vida! Não importa o rumo dado pelo destino: as lembranças sempre nos levarão a um mundo de delícias e dor!

À venda em: https://clubedeautores.com.br/book/158643--Gozar_a_Vida#.UuAb3tJTtEg

sábado, 18 de janeiro de 2014

Senhora de Si

Autor: Larry Redon

Ela subiu ao altar sem olhar
Sem relembrar nossa história
Sem fazer juras que outrora
Fizeram meu corpo estremecer

Ela subiu sem me olhar
Fingiu que eu não estava lá
E se entregou ao novo amor
Sem sentir, sem chorar ou sorri

Entrou altiva à nave da igreja
Fingindo-se ser a dona da festa
Mostrando senhora de si
E de mim, ai de mim

Ela hoje é uma nova senhora
Finge que não olha, mas olha
E às vezes zomba de mim
Só porque vivo triste assim


O colar, o amor e a paixão


 Autor: Larry Redon

Guarde o meu colar de pérolas
E também esta quimera
De um dia me amar

Guarde também o meu nome
Na barra de teus lençóis
E pensa em mim, pense em nós

Mesmo que o tempo apague o rosto
E produza em ti o desgosto
De esperar por meu amor, em vão

Guarde a taça, o amor e o vinho
Trate sempre com carinho
O colar, o amor e a paixão

Não te esqueça do meu nome
Não risque o meu telefone
Quem sabe o amor, vingará

Não troque ou  feche o coração
Para tentar me esquecer
Abra os braços, vem me ver

Guarde o meu colar de pérolas
E a doce primavera
Que há em ti, há em mim, há em nós



Falar de Amor



Autor: Larry Redon

Não ser amado e falar de amor
Eis o mistério do meu coração
Que entende as fúrias e a ilusão
Que movimenta este motor

Não ser amado e falar de amor
E entender da doçura da flor
Eis o mistério do meu coração
Que movimenta esta solidão

Não ser amado e falar de amor
E entender deste amanhecer
Eis o mistério do meu coração
Que movimenta minha ilusão

Não ser amado e falar de amor
E se entregar em todo anoitecer
Eis o mistério deste coração
Que faz poesia para sobreviver


Ajude-me a partir



Autor: Larry Redon

Estou aqui pela última vez
Para recordar nossa história de amor
Não desatines, deixe-me ir
Pois esta história termina aqui

Não sejas tola, não tente entender
Como se acaba um grande amor
Pois este jogo já nos fez sofrer
Tudo o que sobra não tem valor

Não te arrependas de deixar-me ir
Não ignore minha súplica, minha dor
Seja sensível ao me deixar partir
Saiba sorrir, não demonstre tua dor

Estou sensível posso me arrepender
Então seja firme, me mande partir
Mesmo que eu jure que ainda te amo
Seja mais forte, me ajude a partir



Beijos ao Luar


 Autor: Larry Redon

Se tu reclamares de mim
Virei os teus beijos tomar
Irei para onde quiseres
E te amarei ao luar

Se reclamares de mim
Virei tua boca roubar
E prisioneiro serei
Dos teus beijos ao luar

Se reclamares de mim
Virei em teus sonhos morar
E realizarei os teus sonhos
Sempre à sombra do luar

Se reclamares de mim
E jurar-me  o teu amor
Virei aos teus ouvidos

Com a ternura da flor

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Nanã

Autor: Larry Redon

Água parada não move destino, Nanã
Pegue teu filho do fundo do mar
Acolha o arco-íris enquanto está no céu
Teu filho-cobra já vem rastejar

Rastejar sobre a lua, rastejar sobre o mar
Rastejar é o teu destino, Oxumaré
Mas no céu também podes brilhar
Coração de Nanã,  vive a te esperar

Nanã, mãe do arco-íris que brilha no céu
Nanã, mãe de cobra coral que rasteja  ao chão
Leva chuva e despeja no mar, Oxumaré
Para regar a dor de teu rejeitado irmão

Se és cobra coral ou arco-íris multicor
Se és força que abala a terra e o céu
Mova estas águas paradas e turvas, Oxumaré
Resgate do mar teu triste e solitário irmão

Uma hora está no céu, outra hora está no chão
Esta serpente encantada é filho da eterna Nanã
Que molda no barro o destino dos homens
E presta vigília eterna, ao filho, arco-íris do céu


O Findar da Tarde

Autor: Larry Redon

Como eu queria que findasse a tarde
E os homens passassem
Indiferentes a mim

E entre a multidão surgisse teu sorriso
Revelando a mim o paraíso
Um novo mundo encantador

Como eu queria que ao findar da tarde
Tu cruzasses bela aquele jardim
E unisse tua mão a minha
E tornasse a única flor deste jardim

Como eu queria que esta alegria
Fosse permanente neste meu viver
E a fantasia deste fim de tarde
Eternizasse o amor que sinto por ti


Voltar à velha casa



Autor: Larry Redon

Voltar à velha casa
E perceber que meu pai
Não é mais o mesmo
Já está cansado dos anos

Teu semblante perdeu-se
Na poeira
Na poeira da velha casa
Perdeu-se o antigo semblante

As frases já não têm nexo
As queixas perderam-se no pó
E o meu olhar marejado
Passeia sobre as lembranças
Lembranças que se perderam
Nos olhos baixos de papai

Sou filho e me sinto teu pai
Tento puxar suas lembranças
Mas me perco entre lágrimas
Sou pó, dentro da velha casa


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Enquanto o sono não vem



Autor: Larry Redon

Já é madrugada
E meu sono te pertence
Assim como te pertence
Todo este desejo meu

Enquanto o sono não vem
Passeio pelo teu corpo
Rolo na cama feito louco
Enquanto o sono não vem

Enquanto estou acordado
Ouço e vigio tua respiração
Tento abrir o teu peito
Para sondar teus desejos

Rolo de um lado para o outro
Em busca de um único consolo
Teu corpo, teu corpo fogoso
É minha consolação...


Sentir



Autor: Larry Redon

Sentir teu cheiro em minha pele
E uma doce lembrança do passado
Como se ainda estivesses aqui
Atiçando o meu corpo já sagrado

Controlar os impulsos deste gozo
De contemplar tua presença amada
Sentir sensações que me apavora
E querer viver sempre apavorado

Dias de sentimentos apaixonantes
Que me faz amar e ser amado
Mesmo sob um fio de lembrança
Deste rosto que procuro e não acho

Tudo é tão fino como um véu
Que tremula sob o jogo da lembrança
E o gozo que ainda sinto é o mesmo
Ah, se ainda eu tivesse a esperança




domingo, 12 de janeiro de 2014

Ostentação



Autor: Larry Redon

Destrua tua corrente
Jogue fora a palavra
Que não te qualifica
Faz entrar numa roubada

Cansei de te ouvi
Mesmo que involuntariamente
Guarde tua imbecilidade
Curta só tua demência

Não queira argumentar
Se mal sabes juntar sílabas
Ostente o teu cérebro
Antes de tuas camisas

Enforque nas correntes
Tua mente limitada
Antes de exigir respeito
Respeite minha liberdade

Liberdade para andar
Longe dos teus rolezinhos
Antes de andar em grupo
Procure se sentir sozinho

Falta-lhe reflexão
Longe de mentes adulteradas
Quando respeitar teu próximo
Conquistará tua liberdade

Liberdade para ostentar
Tudo o que você quiser
Porém antes de sentir-se  artista
Seja menos Mané

Não quero aqui tirar
Teu direito de se expressar
Porém o teu argumento
Deixa muito a desejar

Cansei de te ouvir
E não te sintas injustiçado
Pois antes de ser mano
Deveria ter estudado

Antes de ser mano
Deveria ter estudado
Pois tua condição de vítima
Já não convence mais

Cansei de te ouvir
Cansei de te escutar
Tens tua liberdade
E eu não posso me expressar?

Eu não posso me expressar
Isso é grande verdade
Portanto, ostente tuas marcas
Eu ostento minha fragilidade

Fragilidade diante de ti
Que não respeita
E nem é respeitado
Prefiro ser prisioneiro
A ter tua liberdade

Liberdade provisória
Na vida e nas artes
Ostente menos tuas marcas
Saia desta ingenuidade

Cansei de te ouvir
Cansei de te escutar
Continue do lado de lá
Eu prefiro o lado de cá

Respeito os teus direitos
Porém tu não respeitas o meu
Antes de gritar tua arte
Seja menos mano, meu!











Lençóis


Lençóis

Autor: Larry Redon

Os meus lençóis de linho
Estão pintados de sangue
E suor
E amor

Estão tão manchados
Como o meu coração
De amor
De tesão

São tantas histórias enroladas
Nestes meus lençóis
Entre mim
Entre nós

São tantos males cobrindo
Meu corpo
Teu corpo
Encobrindo verdades sutis

São tão sutis
Estes nossos lençóis
Que encobre mentiras
Entre mim, entre nós






Tempestade no Olhar



Autor: Larry Redon

Eu conheço tuas tempestades
Que recusa o toque
Que recusa o beijo
Que recusa a entrega

Eu conheço tuas tempestades
E elas falam muito de ti
Dizem muito de mim
E de nosso amor

Eu conheço tuas tempestades
Conheço também o teu olhar
Olhar carregado de tempestades
Que me aprisiona no ar

Olhar sedento de tempestade
É o meu olhar, amor
Por isso te busco com desespero

Mata-me com teu furor

Enquanto o amor não vem



Autor: Larry Redon

Enquanto o amor não vem
Curta esta brisa
Que você ainda não viu
Nem sentiu

Enquanto o amor não vem
Aprenda com quem está amando
Chorando, sofrendo, se desesperando
Por não saber amar

Enquanto o amor não vem
Regue as flores que surgirem
Em  seu caminho
E aprenda com seus espinhos
Que a vida não é só flor

Enquanto o amor não vem
Vai descobrindo seus desejos
Vai sonhando com cada beijo
Vai beijando aquelas flores

Que surgirem em seu caminho

Ah, esta mulher!




Autor: Larry Redon

Ah, esta mulher que me ama
Faz enfurecer-me na cama
E descuidar-me de mim
E desconhecer quem eu sou

Ah, esta mulher que me tem
Usa-me como bem quer
E depois debocha de mim
Fazendo-me um jogo qualquer

Ah, esta mulher que me abraça
Vive de fazer pirraças 
E de fingir que não me quer
Mas me quer aos seus pés 

Ah, esta mulher que me obriga
Viver uma vida escondida
Sem falar de amor, só prazer
Só prazer, só para me ver sofrer

Palavras de Amor



Autor: Larry Redon

Não perdoarei as palavras de amor
Que me ocultastes
Pois a falta destas palavras
Impediu o nosso amor de brotar

Não te ocultes de mim
Não suponhas o que não confirmei
Chegue perto de mansinho
Não ocultes as palavras, amor

Não oculte a beleza que há em ti
Pois preciso dela para viver
Confesses, não negues as palavras
Que preciso para continuar a viver

Viver sem tuas palavras, amor
Tortura-me e eu quero viver
Viver ao teu lado sempre feliz

Feliz por saber que amo você