sábado, 28 de abril de 2012

Decadência da Cadência


Decadência da Cadência

Proíbo-te de fazer poesias
De andar pelo cais
De soltar os veleiros ancorados

Proíbo-te de fazer poesias
De viver nos ateliês
De roubar amores pintados

Proíbo-te de fazer poesias
De roubar as asas dos pássaros
De infiltrar no arco-íris cores imaginárias
Proíbo-te de fazer poesias
De abrir o meu peito cansado
De revelar a dor ocultada

Proíbo-te de fazer poesias
De ser melhor que minha raça
De dar cadência à arte

Proíbo-te de fazer poesias
De ser mulher Meireles
De ser poetisa Machado

Proíbo-te! Proíbo-te!
De tirar a decadência da poesia
De salvar a cadência das palavras

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