domingo, 29 de abril de 2012

Desmotivo


Desmotivo

Eu não canto porque o instante existe
Canto porque sou triste e insano
Canto porque meus instantes são pícaros
E a canção afasta-me da insensatez

Se Cecília era feliz com seus instantes
Busco uma Cecília que me complete
Que rompa o véu que me esconde
E edifique-me em horas incertas

Ainda não sou poeta; fico com o triste
Sou triste; o amor não me fez poeta
Não sei falar de sentimentos amorosos
Logo, não sou um verdadeiro poeta

Desmorono mais que edifício; estou falido
Falido de instantes, de inspirações
O meu mundo está triste e pichado
Não tenho dúvida: não fico, passo!

Também sou como a poetisa Cecília
Sei que canto, mas não sei o que canto
Para ela a canção tem asas ritmadas
Para mim, falta-me asas para ritmá-la

Ainda não estou mudo e não ficarei
Recuso-me a aceitar que perdi as asas
Recuso-me a ouvir minhas certezas
Recuso-me a ser pássaro inválido

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