segunda-feira, 30 de abril de 2012


Lauro Corona, Aquele Que Partiu!
Por: Larry Redon
Em 20 de Julho de 1989 o Brasil perdia um dos seus maiores atores. Lauro Corona era um ator que encantava os telespectadores não apenas por sua beleza, mas pelo grande talento que exibia nas novelas globais.
Infelizmente, a década de 80 marcou a chegada do vírus da AIDS ao Brasil, que levou muitos brasileiros à morte e o nosso querido ator foi uma das vítimas da maldita doença, segundo comentários da época.
É lastimável que na época de Lauro, o mundo ainda conhecia pouco a doença, e por temer o preconceito ele se recolheu na casa da família para viver os seus últimos momentos, deixando milhares de fãs órfãos de seu talento.
Ao escrever esta coluna, chega a minha memória muitas imagens da novela “Direito de Amar”, a penúltima novela do ator, onde ele viveu momentos incríveis ao lado de Glória Pires, na pele do médico Adriano.
Lembro-me que com apenas oito anos, admirava o trabalho do ator, numa das melhores novelas já produzidas pela Rede Globo de Televisão. O talento do ator brilhava ao lado da belíssima reconstituição de época da novela de Walther Negrão, inspirada na obra de Janete Clair.
A cena do baile de máscaras me acompanhou durante muito tempo e sua voz não saia da minha cabeça de menino, achando incrível a interpretação do jovem ator no vídeo. Todos os dias às 18h00, ficava defronte à TV admirando o talento do rapaz e desejando ser ele, ser um grande ator como ele. A música de Ivan Lins, Iluminados, colaborava para os meus devaneios e eu amava o talento do grande ator: “O amor tem feito coisas que até mesmo Deus duvida...já curou desenganados...já fechou tantas feridas!” Ironicamente, era o começo do desengano de Lauro e de todos que o amava.
Resta-me agora lembrar-me e tentar “imitar” o seu talento! e quando aquele menino decide voltar a mim, fecho os meus olhos, imagino o baile de máscaras e o ouço dizendo para a personagem de Glória Pires: “Mademoiselle, feliz 1901, 1902, 1903...”
Para mim, o baile de máscaras ainda não acabou e ele brinca dentro de mim toda vez que entro num palco! Então, aplausos para aquele que partiu para dentro de mim!

Colaboração de Imagem do site: futrico.

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