domingo, 29 de abril de 2012

Vida



Vida

Há muito tempo que a vida
Não me interessa deveras
E há muita gente nos hospitais
Mendigando um pouco de vida

Como é contraditória a vida
Quem quer não a tem como prêmio
Quem não a quer recebe flores diárias
Mendigo a morte, recebo esmolas de vida

Preciso cortar o cordão umbilical
Que me mantém preso a amargurada vida
Preciso lavar o lençol sujo de sangue
Antes da hora da sonhada partida

O pouco sangue que bombeia o coração
Já enferruja a máquina criadora de emoção
Quem sabe quando parar a velha máquina
Encontre a vida a sorrir, perdoando meu desatino

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