sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ensaio sobre a amizade: "quando o amigo vai embora!"

Autor: Larry Redon

São tantos disparates e clichês sobre este tema, bordados de mágoas e remorsos, que resolvi discorrer sobre esta relação, que ao contrário do que dizem, parece-me cada vez mais conflituosa.
É comum percebermos nos dias atuais que as pessoas estão cada vez mais magoadas com amigos (que elas consideram que foram enganadas), simplesmente pelo fato deles terem sumido de suas vidas, esquecendo-se que os momentos que viveram juntos, já são suficientes para justificar uma amizade.
Ora, querer que uma pessoa permaneça sempre ao seu lado, é desconsiderar que a vida pulsa em ritmos diferentes nos corações das pessoas e que seus objetivos são distintos, portanto, os amigos ficarão ao nosso lado quando os nossos interesses forem parecidos, mas cada um tem o seu pulsar de vida que deve ser respeitado, pois isso não é separação, mas compreensão de que a vida nos aproxima ou aproximou para sermos seres colaborativos e fazer-nos mudar com o pulsar do coração do outro!
Quantos amigos eu deixei pelo caminho? Quantos amigos me deixaram? Porém, nunca soltei uma palavra que ferisse algo que foi tão sublime e que marcou minha vida de alguma forma! É claro que eu gostaria de estar ao lado de todos! É claro que muitas vezes meus pensamentos me levam para lugares distantes, onde minhas mãos não alcançam mais e onde o desejo de afagar a face de meus amigos já não me pertence mais, pois o tempo levou-me como um vendaval da vida deles e eu não me recusei a acompanhar este vendaval, pois assim é a vida, não adianta lutar contra o pulsar da vida, a vida exige que andemos por diversos caminhos, mas em cada caminho sempre deixa uma árvore para que possamos descansar sob sua sombra, para que a brisa da estrada nos traga lembranças daqueles que fizeram nossas vidas mais felizes por alguns instantes ou por longos anos, mas que o pulsa da vida os levaram para longe.
Portanto, nunca coube a mim, dizer que as minhas amizades não valeram a pena, pois todas valeram, sempre soube do lado de quem deveria estar, se assim não fosse, a culpa seria minha e não do amigo que partiu, pois eu escolhi todos para estarem do meu lado em algum momento!
Sendo assim, não reclame do amigo que partiu, mas agradeça-o por ter feito o teu coração pulsar junto com o dele  neste seu caminhar pela Terra, sem mágoas, mas com a certeza de que o mesmo pulsar que te juntou a ele um dia, pode voltar nesta dança desconhecida da vida! Eu almejo loucamente que um dia esta dança possa trazer todos os meus amigos para bailar comigo novamente, pois o pulsar do meu coração afirmar sem vacilar que eu os amarei para sempre!
Foto: reprodução da WEB.

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